Chamado e ministério

O líder cristão deve se aprofundar no conhecimento bíblico, se aprofundando cada vez mais de assuntos teológicos, porém, não podemos esquecer que o que realmente faz a diferença na vida cristã é o amor a Deus e ao próximo. De nada adianta nos tornarmos letrados em questões teológicas profundas se antes não colocarmos o amor em prática. Paulo nos exorta sobre isso em I Coríntios 13 “…se não tivesse amor, nada disso valeria”.

Paulo deixa isso claro para Timóteo, seu filho na fé. Em I Timóteo 1.3-5 o apóstolo diz para não se ocupar com fábulas e genealogias intermináveis que mais promoviam discussão do que serviço a Deus, na fé. A lei tem seu papel, mas ela por si só, só traz mais culpa e acusação. Deus a usa para que tenhamos conhecimento do pecado, mas é através do amor que o pecador pode percorrer o caminho de volta a Deus.

 

  1. O chamado para o Ministério

Ao subir aos céus, Jesus designou a todos o chamado de pregar o evangelho. Esta ordenança não é apenas para pastores, ministros ou para cristãos que exercem alguma posição de liderança. Pregar o evangelho é algo que todos os cristãos devem fazer, mesmo com todas as limitações que cada um possa achar que têm. Pregar não quer dizer, necessariamente, estar num púlpito e falar para um grupo de pessoas. Acredito que pregar tem o sentido muito mais amplo de viver e testemunhar em tudo o que fazemos e em todo o lugar que formos. Se o Espírito Santo nos mandar falar, assim o devemos fazer.

Para exercer o ministério que Deus te designou, você deve entender, acima de tudo, o tamanho da graça de Deus. Somos falhos, temos enormes fraquezas, e sabemos que vamos falhar na caminhada. Muitas vezes, podemos nos sentir acusados pelo inimigo por conta destes erros, mas devemos sempre pedir perdão a Deus por eles, tentar ao máximo não errar mais. É através da graça que nós alcançamos misericórdia e mesmo nós sendo tão falhos, Deus ainda sim quer nos usar.

Paulo nos diz em 1 Timóteo 1.15 que Cristo veio para salvar os pecadores no qual, Paulo se considerava o principal. Mas ele continua dizendo que, por essa mesma razão, a misericórdia e longanimidade de Jesus é evidenciada. O que Paulo quer dizer é, que através das nossas limitações humanas, a graça de Deus transparece ainda mais.

Muitos cristãos tentam justamente esconder suas limitações, suas fraquezas como se esta ilusória máscara de santidade fosse a melhor forma de que Cristo transparecesse. Não estou aqui afirmando que devemos nos acostumar com o pecado e relaxar com isso, mas sim, aceitar que temos fraquezas, limitações e que constantemente vamos lutar contra elas. Não esconder isso, na verdade ajuda e fortalece outras pessoas que possam estar passando por problemas semelhantes. Em Tiago 5.16 diz: “Portanto, confessai vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados. A súplica de uma pessoa justa é muito poderosa e eficaz.”

Devemos pedir a Deus sabedoria para quem podemos nos abrir para confessar nossos pecados para ajuda mútua e oração.

 

2. O propósito

Deus quer que todas as pessoas sejam salvas (I Tm 2.4). Todo o trabalho na igreja deve focar na edificação, salvação e crescimento do próximo. Entender o porquê fazemos e para o que fazemos é essencial. Quando nos esquecemos e passamos a fazer de maneira mecânica e automática, tudo perde o sentido, nos cansamos e muitas vezes saímos piores, espiritualmente falando, após as práticas dentro da igreja.

 

3. Práticas do ministério

Nos alimentar da Palavra; rejeitar fábulas profanas e falatórios insensatos; exercer a piedade. Devemos nos tornar padrão para os outros cristãos, na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza. Ser aplicado na leitura, exortação e ensino. Não ser negligente com o dom que Deus nos concedeu. Agindo desta maneira, salvaremos a nós e outros poderão alcançar a salvação. (1 Tm 4.6-16)

 

4. Características para o ministério:

 

  • Clareza do objetivo: o porquê e o para quê.
  • Leveza: leveza não é moleza. A prática no ministério não pode ser pesada ou exaustiva; Porém, não quer dizer fazer de qualquer jeito. É possível dar o melhor com leveza;
  • Responsabilidade: só se comprometa até onde você consiga cumprir.
  • Simplicidade: As “grandes coisas” deverão ser consequência natural das “pequenas coisas”, com constância e dedicação. Para isso, a simplicidade é o melhor caminho.
  • Canal aberto mútuo: Deve haver liberdade entre os irmãos para trocar ideias, discordar, estar aberto a críticas em amor, novas sugestões sem que haja melindre ou desavença;

Tentei, neste pequeno estudo, abordar alguns pontos sobre o chamado e ministério na igreja. Mas, saiba que a dependência no Espírito Santo é que guiará como você deve agir em seu ministério. Deus dará a cada um as estratégias e ações necessárias.

 

Que Jesus nos abençoe.

 

MM Jônathas Castro

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